Coluna de Domingo: A oposição em Ipubi se resume a Josivan Gesseiro

A política de Ipubi caminha para um cenário curioso após as eleições de 2024. O grupo de oposição, que já foi plural e barulhento, hoje se restringe praticamente a uma figura, o vereador Josivan Gesseiro.

Desde o fim do pleito passado, a oposição vem se desterrando aos poucos. Talvez por mérito do prefeito João Marcos, que tem feito uma gestão considerada positiva até aqui e não tem deixado muitas brechas para ataques. Ou talvez pela falta de protagonismo de lideranças que outrora apareciam, mas hoje vivem à sombra do líder oposicionista.

Josivan Gesseiro tem sido a resistência. Coloca o rosto à frente, fala, cobra, enfrenta. Enquanto isso, antigos aliados vão saindo de cena. Mary Magdala, por exemplo, abandonou o barco depois de sentir-se também abandonada no episódio da cassação da sua chapa. Leontina, por sua vez, carrega as sequelas políticas de uma escolha que não lhe rendeu frutos.

Os Vicentes já haviam deixado a oposição há algum tempo e hoje estão junto da situação. Beta Nascimento tem assumido uma postura mais racional, ora cobrando quando necessário, ora reconhecendo avanços e até participando de movimentos da atual gestão. Iremar, o popular Choquinho, também pulou do barco e passou a compor em outra direção. Na prática, é o reflexo de um palanque desmontado, de uma guerra que parece ter terminado.

O saldo é que a oposição em Ipubi se resume a Josivan Gesseiro, que resiste bravamente em meio a um cenário de esvaziamento. Mas a pergunta que fica é: será que a ausência do líder da oposição pode, no futuro, abrir espaço para que Josivan Gesseiro assuma a cabeça majoritária da chapa, ou esse papel acabará caindo no colo de um novo nome que ainda não se apresentou?